A FÉ DO VÊ QUE NÃO SE SENTE

No último sábado, dia 23, tivemos a vigília de pentecostes 2015, o fogo do divino espírito santo encheu os corações da nossa comunidade, mas ele poderia também conter a ânsia de algumas línguas. Durante a preparação da encenação de abertura da vigília, que representava o clamor dos sete dons, foram convocados 28 jovens, sendo que desdes 21 trajariam a cor preta, ai já viu né, algumas pessoas se chocaram ao ver a maioria dos jovens de preto, até então nada de anormal, mas quando um dos jovens foi questionado das seguintes formas: "Aonde está o Espírito Santo? Minha filha você não tinha uma roupa vermelha não?, ficou difícil de não responder.

A pergunta foi respondida prontamente por outra jovem da seguinte forma:  "O espírito santo está no coração e não roupa que se veste". Isso é tão óbvio né, mais infelizmente a igreja está cheia de gente  "ignorante de obviedades", julgam como "crime contra fé" qualquer conduta que seja diferente do "padrão" estabelecido por culturas de fé pessoais e muitas vezes sem nenhum fundamento religioso. Como na experiência que vos testemunho agora:

Em 2009 eu assistia um programa na rede canção nova, quando um internauta fez a seguinte indagação: É PECADO FAZER O SINAL DA CRUZ COM A MÃO ESQUERDA? o teólogo que estava no programa prontamente respondeu que não há PECADO no gesto, existe apenas uma convenção ou para os mais ortodoxos uma questão de boa educação litúrgica, e naquele exato momento tive a "brilhante" ideia de passar um tempo fazendo somente o sinal da cruz com a mão esquerda, uma experiência fantástica, pois nas primeiras missas em que pude aplicar essa ideia as pessoas me olhavam como se eu estivesse cometendo um gravíssimo pecado, elas não entendiam, ficavam meio que inconformadas com o meu gesto e essas reações infelizmente podem facilmente serem explicadas quando observamos fés tão ignorantes, que se baseiam muito mais no que se vê do que no que se sente. Talvez eles precisem tocar nas chagas de Cristo para crerem que ele ressuscitou de verdade
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Até a próxima, Se Deus permitir.

Danilo Rafael Nery de Oliveira