Não há um dia que não pensamos, questionamos, imploramos uma resposta:
"Por quê estamos aqui?"
Há ainda aqueles momentos de fraquezas que simplesmente pensamos:
"Existe? Existe algo além do que apenas isso?"
Hoje é sábado (glória a Deus!), Amanhã é domingo (Dia do Senhor!), Lá vem a segunda (mais uma vez...) E tudo começa de novo.
"Será apenas isso?"
Entramos em um sistema de estudar, trabalhar, aposentar. Nascer, crescer, morrer.
"Quer mesmo resumir tudo a isso?"
Resumir toda a beleza e graça de você —VOCÊ mesmo aí! — ter recebido o presente de estar aqui? VOCÊ! E nenhum outro.
A resposta é: "Sim!"
... porque é o que temos feito
Estamos vendados. Simplesmente, não conseguimos mais enxergar. Não admiramos mais a beleza de um sol nascer, pois estamos ocupados demais se o nosso ônibus vai atrasar. Não conseguimos ouvir uma risada de uma criança ao pedir atenção, pois estamos ocupados demais com o seu pão de cada dia. Não observamos o quanto crescemos, até que alguém nos lembre que hoje é o nosso aniversário. Não lembramos que o tempo passa, até que seja tarde demais para percebermos.
Estamos cegos, sem a luz que nos guia. Estamos em um apagão, e o que enxergamos são meras partes iluminadas por uma única luz artificial que alcança a nossa retina.
"Como deixamos chegar a tanto?"
Limitar nossa visão a um retângulo do tamanho da palma de nossa mão. Permitir que a vida seja medida em dias cercados de rotinas e mais rotinas. Atirar pedras virtuais quando todos nós já fomos miras de outras. Seguirmos com nossos hábitos ruins, negativismo, pecados e autosabotagens. Até quando eu precisarei nesse texto usar aspas de frases que todos nós falamos, ou melhor digitamos, mas, na realidade, não sentimos? Até quando iremos fugir de nossas batalhas e fingiremos vencer apenas com gritos de guerra? Até quando? Sabemos até quando.
Será quando enfim marcharemos diante da missão a nós dada. Cada um com a sua função. Um exército contra todas as dificuldades que nos impedem. Cada um com a sua batalha, mas cada um com o dom que lhes foi dado para vencê-la. E , para vencer, é preciso coragem. E a coragem não está em não temer, mas saber que sim temos fraquezas, mas ir mesmo assim, porque é preciso. Será no momento que percebermos que somos únicos, que há um motivo, uma missão e que precisaremos fazer a escolha: Usarmos isso como armas ou escondermos como covardes. Porque a única certeza que se tem é que a batalha virá. A vida virá, com todas as suas surpresas e dificuldades. Tristezas e alegrias. E é escolha nossa sermos ou não os cegos perante a tudo isso. Sermos vítimas de inimigos invisíveis como nossos erros, falhas, pecados ou enxergar e combater. Utilizarmos rotinas para nos escondermos, desperdiçando talentos, sonhos, a nós mesmos ou vivermos a vida nos dada e o modo de de viver que escolhemos. Se, enfim, percebermos tudo isso a tempo, pode ser que possamos lutar, vendo e não mais na escuridão.
Sabemos que será esse o momento que deixaremos de ser cegos. O momento que derramaremos Terra e água sobre nossos olhos. A Terra de todo o território por nós conquistado. De todo o caminho esburacado, desvios e momentos de abismos que passamos. A água que surgiu de nosso suor, cuspida por nossos poros, e que a cada conquista nos clareia a visão embaçada e tira o pouco da poeira que ainda sobrou de toda a batalha. E que, ao fim de tudo, sobre a doce calmaria, podemos nos lavar, ao fim de todo o caminho tracejado. Limpos, independente da sujeira que tivemos. Então, abrimos os olhos.Os outros nos vêem e não nos reconhecem, nem nós a nós mesmo: "Estamos tão diferentes". Olhamos para trás e conseguimos enxergar tudo. Tudo que passamos e que de visão embaçada não havíamos percebido. "Estava tão escuro, estava tão sujo e agora vejo". E bem ali, naquele instante, sabendo como "tudo valeu à pena", é quando então olhamos para frente...
E, como um profeta, vemos...
" Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."
João 8:12
By: Antônio Juarez
Conselho de leitura:
Se você leu o texto, aconselho que leia João, capítulos 8 e 9.
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