A
tradição de dar presentes no Natal está ligada a memória que fazemos
dos presentes que os três Reis Magos ofereceram ao Menino Jesus
(ouro, incenso e mirra), embora estes presentes tenham todo um significado
simbólico de reconhecer na criança de Belém o Deus que se fez humano para ser o
verdadeiro Rei do povo.
Desta
cena do Evangelho vem também a motivação para dar presentes no tempo da festa
do Natal do Senhor. Pois ao visitar o Menino Jesus, que continua nascendo na
manjedoura do coração das pessoas, queremos oferecer a Ele o amor que nosso
coração expressa concretamente aos outros.
Temos
também a tradição de um bispo que levava presentes para as
crianças carentes na noite de Natal, e jogava saquinhos de moedas pelas
chaminés das casas. Este bispo é São Nicolau, que viveu no século
IV, é dele que vem a tradição do papai Noel.
Com
o tempo o presente acabou se tornando algo meramente comercial, o que foge do
verdadeiro sentido do Natal, pois o presente tem que falar da alegria da
presença de Jesus. O verdadeiro sentido do Natal não está nas coisas que são
oferecidas, mas sim como deixamos o amor de Jesus na vida das pessoas.
“O sinal físico do presente pode passar, mas
o amor que ele simboliza permanece para além do presente recebido”.
O
presente de Natal tem que ser expressão da solidariedade, da fraternidade, da
partilha que o Menino Jesus vem despertar no coração humano. O presente deve
ser o desejo de compartilhar com o outro aquilo que era só meu, mas que o amor
ensina a se transformar em nosso.
O
presente expressa o amor que temos uns pelos outros. O sinal físico do
presente pode passar, mas o amor que ele simboliza permanece para além do
presente recebido.
No
Natal rezamos o Deus que quis estar presente na nossa vida, por isso, tudo o
que partilhamos no Natal tem que celebrar esta presença. O sentido do presente
está em despertar no coração a importância da atenção, da ternura, da
generosidade, mas, acima de tudo, da partilha da própria vida como dom de amor,
como Deus que por tanto nos amar, quis compartilhar seu Filho conosco.
Natal
é tempo de saber receber e saber oferecer, viver a gratuidade do amor. O
presente deve ser expressão de que, para além dos bens compartilhados, a vida
deve ser um dom para o outro, pois o Deus que nasce no meio de nós vem para nos
ensinar que “não existe maior prova de amor do que dar a vida” (Jo 16,13).
Por Pe. Luiz Camilo Junior,
C.SS.R, via A12
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