A presença de Nossa Senhora se
revela em nosso dia a dia
Cada paróquia no Brasil tem um título de Nossa
Senhora, que ganha destaque na comunidade local. Quando se aproxima a festa
relacionada a esse título mariano, a paróquia se mobiliza, faz novena,
quermesse e celebra muito a festividade. Mas Nossa Senhora só está presente em
nossa vida nesses momentos particulares? Somos fiéis devotos dela, mas só
pedimos sua interseção nas Missas celebrativas ou quando estamos com problemas
a resolver? Não é esse o desejo de Deus ao nos dar Maria como Mãe nem é o
desejo dela ao nos assumir como filhos. Ela quer participar do nosso dia a dia,
auxiliando-nos e fortalecendo-nos na caminhada até Deus.
Auxílio dos cristãos
São Bernardo nos ensina que “nos perigos, nas
angústias e dúvidas devemos pensar em Maria, invocando-a”. São Boaventura
afirma: “Jamais li que algum santo não tivesse sido devoto especial da
Santíssima Virgem”. Na oração da Ladainha de Nossa Senhora, nós a chamamos de
“auxílio dos cristãos”. Sim, ela o é! Nossa Senhora é Auxiliadora!
No Evangelho de João 19,26-27, vemos que “Jesus, ao
ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse a ela: ‘Mulher,
eis o teu filho! ’. Depois, disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe! ’. A partir
daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu’”. Papa Francisco, ao
meditar essa leitura, fala-nos: “Temos uma Mãe que está conosco, que nos
protege, acompanha e ajuda também nos tempos difíceis, nos maus momentos”.
Podemos encontrar um vasto conteúdo nos escritos
dos Papas e Santos da Igreja, mostrando-nos a real maternidade de Maria. A
resposta de João às Palavras do Cristo na cruz nos mostra qual deve ser nossa
postura ao acolher a Virgem Santa como Mãe: “A partir daquela hora, o discípulo
a acolhe no que era seu”. Esse é o centro do relacionamento materno entre Maria
e seus filhos, não somente crer na maternidade, mas trazer Nossa Senhora para
perto, colocá-la a par dos acontecimentos e sentimentos que diariamente compõem
nossa vida e, para isso, há um caminho eficaz: a oração.
Seja o Rosário, o Ofício, a Ladainha ou uma
jaculatória que invoca a proteção da Santíssima Virgem, seja um momento longo
ou um breve elevar da alma até o colo sublime da Mãe de Deus, o certo é que
devemos seguir o exemplo de João e trazer Maria para tudo o que nos pertence.
Apresentar a Maria nossos conflitos e medos, nossas vitórias e projetos e tê-la
como Mãe é encontrar nela uma companheira para o dia a dia.
Muitas vezes, durante o meu dia, elevo meu coração
a Maria. Além de rezar o Santo Terço, vou me colocando nas mãos dela no
decorrer das horas e dos fatos ocorridos. Quando estou realizando algum
trabalho, para o qual não tenho muito domínio, vou pedindo a Maria que venha em
meu auxílio. Quando vivo uma situação difícil, busco nela um apoio.
Mostra-te, Mãe
Na Carta Encíclica Adiutricem Populi, Papa
Leão XIII fala de uma jaculatória simples, mas eficaz: “Mostra-te, Mãe”. Ele
convida os cristãos a invocarem Maria nos acontecimentos do dia e pedir sua
presença ou seu conselho.
Maria não somente quer nos acolher como filhos,
como deseja nos acompanhar por toda nossa peregrinação aqui na terra rumo à
morada eterna.
Nos acontecimentos duros da vida, nos momentos de
solidão e dor, alegria e realização, clamemos essa simples oração que nos
ensina o Santo Padre: “Mostra-te, Mãe”. Confiemos: aquela que acompanhou Jesus
até o Calvário também nos acompanhará por todos os caminhos.
Fonte: Canção nova
Pesquisa: Iasmim Fonseca
Revisão: Danilo Nery
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